Mais de 36 mil pessoas não atualizaram cadastro no DFTrans. Gratuidade ainda pode ser reestabelecida; veja como fazer.
Por G1 DF
Posto do DFTrans na Rodoviária do Plano Piloto (Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília)
O DFTRans informou nesta terça-feira (22) que suspendeu 36,4 mil cartões de gratuidade para pessoas com deficiência e doenças crônicas no Distrito Federal.
A medida, segundo o órgão, foi tomada porque os dados de cadastro no sistema não foram atualizados dentro do prazo previsto. O número representa 57% do
total de cartões para deficientes na capital.
Até o último balanço divulgado pelo DFTRans, do total de 64,2 mil beneficiários, apenas 27,8 mil fizeram o recadastramento obrigatório. O processo começou
em novembro de 2017 e chegou a ser estendido por mais duas vezes.
O prazo para atualização cadastral terminou na sexta (18),
mas ainda é possível ter acesso ao direito. (Veja mais abaixo)
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Veja como pessoas com deficiência podem recadastrar cartão
fim da lista
Segundo o diretor-geral do DFTrans, Marcos Tadeu de Andrade, a suspensão da gratuidade é prevista em lei e “ajuda a coibir fraudes no sistema”. Com isso,
o governo espera economizar cerca de R$ 5 milhões por mês.
“O governo não está cortando o benefício, mas agindo dentro da lei, que fala em dois anos para atualizar o cadastro”, afirma.
Bloco de citação
"Todos que buscarem os postos de recadastramento, terão o benefício reestabelecido."
Fim do bloco de citação
Portal do DFTRans para recadastramento de Bilhete Único (Foto: GDF/Reprodução)
Ainda dá tempo
Quem tentou usar o cartão nesta segunda (22), mesmo sem ter feito a atualização do cadastro, foi informado da situação de “saldo insuficiente”. A mensagem,
segundo o DFTRans, impede que a pessoa com deficiência tenha direito a usar o transporte público gratuitamente.
Para corrigir a situação, a indicação é que o dono do cartão vá até um dos postos de recadastramento, na estação 112 Sul do Metrô. O atendimento vai de
segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O procedimento também
pode ser feito pela internet.
A diferença, segundo o DFTRans, é que o usuário que apresentar a documentação exigida agora terá os dados analisados no prazo de até 20 dias úteis. Já
quem quiser ter acesso ao benefício pela primeira vez pode se cadastrar a qualquer momento no site.
Ônibus com elevador de acesso para cadeirantes (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)
Economia
Como a gratuidade no transporte é subsidiada pelo GDF, com a suspensão de 57% no número de beneficiários, o governo estima economizar R$ 5,1 milhões por
mês. Com essa medida, na estimativa mais otimista, a economia pode ser der R$ 61 milhões por ano, em média, nos cofres públicos.
Segundo o DFTRans, o valor economizado será “reaplicado no sistema de transporte”.
Quem tem direito?
O cartão "+Especial" é concedido a pessoas com insuficiência renal e cardíaca crônica, portadores de câncer, do vírus HIV e de anemias congênitas – como
a falciforme e talassemia – e coagulatórias congênitas, como a hemofilia. Pessoas com deficiência física, sensorial ou mental também têm direito. Nestes
casos, o GDF exige a comprovação de renda de até 3 salários mínimos.
Além da gratuidade no transporte, os usuários do cartão também têm mais opções de lugares em ônibus, metrôs e BRTs, por exemplo. A medida começou a valer
em setembro do ano passado a partir da publicação da lei que torna preferenciais todos assentos de transportes coletivos no DF.
Recadastramento cartão +Especial
Data: a partir desta segunda (7)
Horário: de segunda a sexta, das 8h às 16h
Local: estação do metrô da 112 Sul
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