terça-feira, 5 de maio de 2015
Um projeto que antes parecia um anúncio miraculoso, hoje cria forma
Pesquisadoras do Centro de Referência de Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG), juntamente com a Universidade de Harvard, desenvolveram
um tratamento que pode curar a cegueira.
da Redação
Pesquisadoras do Centro de Referência de Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG), juntamente com a Universidade de Harvard, desenvolveram
um tratamento que pode curar a cegueira.
O desafio é a obtenção de uma célula que se desenvolva dentro do olho e faça a reparação dos tecidos lesados. “Para recuperar a visão é feita uma microcirurgia
para implantar células-tronco embaixo da retina degenerada. Depois de implantada, esse tipo célula consegue se proliferar e fazer uma espécie de simbiose
com aquelas que estão danificadas. A partir daí se cria um novo conjunto de células que faz com que a pessoa volte a enxergar”, explica o pesquisador e
professor titular de oftalmologia da UFG, Marcos Ávila. “É um avanço para a medicina. Convivemos diariamente com pacientes que sofrem desse mal e como
ser humano fico muito contente de poder contribuir para esse processo”, completa.
O estudo começou em 2011 a pedido da Shepens Eye Research Institute, que integra a Universidade de Harvard em Boston, nos Estados Unidos. Os cientistas
queriam testes em um lugar com clima tropical e escolheram a UFG para desenvolver a parceria. Os testes foram efetuados primeiramente em animais. “Fizemos
o procedimento em porcos. Os olhos foram analisados em microscópios de alta resolução em vários métodos e o resultado é bastante animador”, conta Àvila.
Tão animador que o estudo foi levado para o Food and Drug Administration (FDA), uma espécie de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos EUA.
A UFG espera agora o aval da FDA para realizar um outro projeto de pesquisa, mas agora em humanos. “Esperamos que essa autorização ocorra nos próximos
quatro meses”, relata o pesquisador.
No entanto, o pesquisador da UFG Marcos Ávila acredita que o processo de cura para alguns tipos de cegueira pode demorar um pouco mais. “Acreditamos que
nas doenças hereditárias a aceitação será mais rápida, mas em um patamar pouco acima das demais”, pontua.
Tipos de cegueira
Dois tipos de cegueira poderão ser beneficiados pelo tratamento.
A primeira é aquela causada por doenças hereditárias, quando as pessoas nascem com o gene da cegueira. Em 2012 cientistas dos Estados Unidos conseguiram
identificar o gene que pode levar à cegueira definitiva.
Outro tipo comum da cegueira, denominada degeneração macular, relacionada à idade, também será o alvo do estudo.
fonte:portal nacional de tecnologia assistiva
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