sábado, 2 de maio de 2015
Óculos usa infravermelho para ‘devolver visão’ a deficientes visuais
Imagem do óculo em um manequim (parecido com os manequins de loja)
Pesquisadores da Universidade de Stanford desenvolveu um implante wireless que pode dar a pacientes com degeneração de retina um pouco de sua visão de
volta. O dispositivo é posicionado atrás da retina, a parte do olho que contém as células fotorreceptoras que respondem à luz do mundo, desencadeando impulsos
elétricos em outras células. Os impulsos são parte de uma reação em cadeia que envia dados do nervo óptico até ao cérebro. Em algumas doenças da retina,
as células fotorreceptoras morrem, mas as células restantes não estão danificadas. As próteses visuais serviriam para esses casos, Diferentes próteses
visuais células alvo diferentes dentro deste sistema para a estimulação elétrica.
O PRISMA utiliza o mesmo sinal de luz para transmitir a imagem do mundo exterior e para alimentar o chip implantado. A versão mais avançada do dispositivo
tem 70 mícrons de pixels, cada um dos quais inclui fotodiodos e um eletrodo de estimulação. “Nós não podemos usar a luz ambiente para alimentar estes dispositivos
porque ela não é forte o suficiente, por isso usamos a luz infravermelha de alta potência”, conta Henri Lorach, da Universidade de Stanford.
Testes
Adaptado aos seres humanos, o dispositivo usaria óculos que contenham uma câmera de gravação. Um pequeno processador integrado no sistema é capaz de converter
a gravação em uma imagem infravermelha, que será enviada através de feixes ao olho. A partir daí o chip recebe o padrão e estimula as células. Testes em
ratos realizados pela empresa francesa Pixium Vision, responsável pela comercialização da tecnologia, mostraram que o cérebro responde à estimulação artificial
da mesma maneira que à estimulação de luz natural.
A equipe também obteve excelentes resultados tratando de acuidade visual. Os roedores atingiram um nível de visão 20/250, o que significa que eles seriam
capazes de ler as letras maiores em um cartaz de oftalmologista.
Para o futuro a ideia é chegar a 20/120, o que estaria abaixo do índice que determina a cegueira nos Estados Unidos. A companhia afirma que os testes clínicos
devem começar a partir do ano que vem na Europa.
Fonte: site Olhar Digital/Via Spectrum
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