segunda-feira, 9 de março de 2015
Próteses com tecnologia avançada para deficientes físicos ainda são restritas e caras
"Nos últimos anos, temos nos focado em sistemas de menor custo, para permitir o uso viável desses dispositivos por uma parcela maior da população", explica
especialista
Guilherme Justino
Ainda que possam parecer mais adequados a um futuro distante, os projetos para beneficiar pessoas com deficiência física não estão restritos aos laboratórios:
há modernas próteses que facilitam a locomoção de amputados, máquinas que permitem a comunicação sem barreiras com quem tem dificuldades de falar ou ouvir
e até lentes que tornam possível a pessoas com baixa visão testemunharem momentos importantes de suas vidas.
Foi com um dispositivo semelhante a óculos de realidade virtual que a canadense Kathy Beitz, com uma doença degenerativa que a deixou com cegueira funcional,
conseguiu ver seu filho recém-nascido. Misturando uma câmera adaptada a lentes especiais e computação avançada, a empresa eSight criou uma solução que
devolve a visão, ainda que virtual e momentaneamente, a quem não consegue enxergar.
Não são raras também as próteses que buscam proporcionar os movimentos a quem perdeu parte dos membros, porém, elas estão cada vez mais desenvolvidas.
Hoje é possível ter mãos ou pernas mecânicas que simulam quase à perfeição os movimentos originais do corpo. Mas ainda que estejam disponíveis no mercado,
esses produtos são restritos e caros.
– Vemos inovações relacionadas a próteses inteligentes gerenciadas por sinais musculares. Sistemas nessa área possibilitam, por exemplo, a manipulação
de objetos ou dispositivos por meio de comandos derivados de sinais do cérebro – relata Alexandre Balbinot, professor do Departamento de Engenharia Elétrica
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
– Nos últimos anos, temos nos focado em sistemas de menor custo, para permitir o uso viável desses dispositivos por uma parcela maior da população.
Mesmo com o avanço da tecnologia, a inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência passa, primeiramente, pela conscientização.
– Uma simples rampa de acesso a um estabelecimento comercial, uma porta giratória de um banco adaptada a cadeirantes, dispositivos de sinalização para
cegos em ruas e avenidas, projetos arquitetônicos adaptados ao uso de idosos e pessoas com deficiência física.
Tudo isso contribui para que essa parcela da população seja realmente considerada parte da sociedade, do ponto de vista social e econômico – completa Balbinot,
que coordena projetos de tecnologia assistiva.
fonte:zero horas
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