domingo, 22 de abril de 2012

reflexão Preconceito é um juízo formado antecipadamente sobre algo ou alguém, manifestando uma atitude discriminatória baseada em opiniões sem fundamento razoável. Quando falamos em preconceitos imaginamos logo o racial, seguido pelo sexual e outros mais comumente debatidos, como o social. Os preconceitos estão ligado a esteriótipos padrões, sejam de comportamento ou não. Mas esquecemos que talvez o maior preconceito esteja relacionado à aceitação da própria individualidade. Carl Jung caracterizou e denominou de Individuação o processo em que o indivíduo indentifica-se menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra, e passa a se identificar mais com as orientações emanadas de si mesmo, de sua totalidade (persona, sombra, self, etc). É um processo alquímico em que o ser resolve assumir sua individualidade, passando a se aceitar como é, retirando suas máscaras, sem se preocupar com aquilo que a sociedade muitas vezes impõe e espera dele. Assumir a individualidade não quer dizer se rebelar contra sistemas, mas simplesmente assumir quem você realmente é. E para isso é preciso conhecer-ser; o que muitas vezes não é fácil, já que requer uma busca interior. E a atitude de assumir-se, ou simplesmente aceitar-se, também pode não ser fácil, já que criamos padrões ditos corretos em nossas mentes e com eles criamos também os nossos preconceitos. Porém, a verdade é que: “Se queremos ver Deus nos outros é melhor deixar que eles se apresentem como são”(José Ricardo Silva). E “Deus é muito mais sábio do que a gente imagina. Ele se coloca à disposição no lugar em que ele sabe que você cultiva o seu maior preconceito… E quando você consegue vencer (e você vai vencer de qualquer jeito, mais cedo ou mais tarde), o mundo se abre para você …” (Cristiano Dalvi). Sendo assim, se queremos vencer os preconceitos, o primeiro passo é identificá-los. Depois é buscá-los, ou seja, trazer para perto o que poderíamos chamar de sombra, para que ela se una à luz, que é simplesmente o amor. E essa união acontece em nosso interior, no nosso coração e nos dá novas concepções. E por mais que rejeitemos o que consideramos “ mal”, só haverá equilíbrio e pelintude no encontro dos opostos.

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